Agronegócio

Brasil tem 94% das embalagens de agrotóxicos recicladas

Sistema Campo Limpo e legislação são os principais responsáveis pelo sucesso do trabalho

Um sistema integrado entre quatro setores da sociedade contribui significativamente para o Brasil ser líder mundial em reciclagem de embalagens de agrotóxico. Trata-se do Campo Limpo, iniciativa que surgiu em 2002 junto com o decreto 4.074 que regulamentou a lei sobre o assunto. Hoje, 94% desses recipientes são reciclados no Brasil e o produtor tem grande papel no ciclo.

Em 15 anos de trabalho, mais de 41 mil toneladas de embalagens foram encaminhadas para reciclagem ou incineração só no Rio Grande do Sul. O destino delas depende majoritariamente do produtor. Se vierem lavadas adequadamente, inutilizadas e com a tampa separada, são encaminhadas à reciclagem. Caso contrário, são incineradas. Eurípedes Rodrigues, coordenador regional de operações do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), orienta que os usuários devem realizar a tríplice lavagem ou a lavagem sob pressão.

A limpeza mais adequada e o modo de fazê-la vêm indicados no produto. Já a inutilização é necessária para garantir que o objeto não seja reutilizado, mas sim reciclado. Para isso, basta um corte na embalagem. O produtor que não entrega ou o faz de forma inadequada fica sujeito a autuações.

Depois, o objeto é entregue aos centros de recolhimento credenciados. Na região, o principal deles fica no Capão do Leão. O produtor tem um ano a partir da data de compra para devolver a embalagem do modo adequado e no local certo. Com o objetivo de facilitar a entrega do material, as centrais promovem o recebimento itinerante e vão em pontos específicos para recebê-los. “Alguns produtores não têm condições de se deslocar até um centro de recolhimento”, pontua Eurípedes.

Também é na central que ocorre a separação das embalagens que serão destinadas à incineração e à reciclagem. No Brasil, três locais são responsáveis pela queima dos materiais e 11 pelo seu reaproveitamento. Eles são transformados em 17 novos produtos, como conduíte elétrico, pallet plástico e até novas embalagens. No processo, tudo é reciclado: desde a caixa de papelão que acomoda os agrotóxicos até o rótulo de cada recipiente.

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